MERCANTILIZAÇÃO DO SAGRADO

 Sergyo A. Ribeiro Schelling

 

 

O contexto da Americana Latina mostra uma transição entre a modernidade e pós-modernidade, este quadro poliedrico trouxe sobre  a sociedade uma nova maneira de ver as coisas e de interpleta-las, principalmente dentro da cosmovisão religiosa. Conceitos  dogmas, teorias, tabus  começaram à  se difundir na pós- modernidade trazendo sobre a  esfera religiosa mudanças, as quais algumas podem ser classificadas como simples outras complicadas, algumas superficiais e outras  mais profundas.. No âmbito do capitalismo pós-modermo, a  mercantilização  do sagrado, submerge sendo as práticas  usadas por algumas esferas religiosas.

 

 

 

 

 

O conceito de mercantilização  resume na filosofia que esta relacionada com  as práticas do capitalismo, das propagandas ou do markintg. O mercantilismo trabalha com a sedução, no mundo dos negócios do markintg é preciso ter criatividade para se manter no mercado,  não adianta  ter somente um bom produto, mas é preciso ter  uma boa propaganda, o mercantilismo convence  o consumidor a consumir.

 

 

 

 

 

O fenômeno religioso se divide em duas partes o Sagrado X profano, o conceito de sagrado é tudo aquilo que esta ligada à religião, magia, mitos é crenças. Qualquer tipo  de religião que o indivíduo venha ter   trará para ele uma concepção do sagrado. O profano será tudo aquilo que não será sagrado, também poderá estar associado com pessoas, com dogmas, com doutrinas, objetos, época,  data etc. Como relata Eliade autor do livro o Sagrado X Profano  declara que  a sociedade mais arcaica tinha  a tendência de viver o mais possível no sagrado ou muito perto dos objetos consagrados.

 

 

 

 

 

Dento de vários temas  de nossa atualidade  a mercanlização do sagrado é um fenômeno  da realidade presente, é algo que  ganha mais espaço, no campo  religioso.  O mercado da fé ganhou projeção na década de 70, através da teologia da prosperidade. Estamos  diante de uma manifestação  religiosa que lança mãos de métodos empresariais  do mundo do markintg  para alcançar seus objetivos.  Pode considerar suspeita uma religião  que ministura tão facilmente  Deus é os negócios, exigindo deste relacionamento favores terrestres? ou de uma forma supersticiosa, fazer riqueza através da manipulação do sagrado ?

 

 

 

 

 

As práticas deste fenômeno, o qual se denomina “Mercantilização do Sagrado” esta intimamente ligada com a mídia. Movimento religioso da nossa realidade presente tem lançado mãos de muitos métodos do  markintg para alcançar seus objetivos. O cristianismo surgiu  numa   sociedade já habituada  a comercialização do  sagrado, no   primeiro século da  era cristã,  muitos  santuários   religiosos de tradição   asiático-grego-romano   praticavam um  intenso comércio ao redor do espaço sagrado. O templo de Jerusalém   na época   de Jesus era controlado  por  uma casta, sacerdotal,  que ali desenvolvia um comércio irregular de animais  destinado aos sacrifícios onde cambiavam moedas trazidas pelos Judeus de todo os impérios romanos  proibidas de circular, na  área  do  templo. Como  não  havia  um   padrão único de moedas  exigia-se  a  presença  dos  cambistas,  cuja  função, era trocar o dinheiro  dos  peregrinos  pelas  moedas  do  templo, era  uma condição para aceitação das ofertas. Isso  era feito  em condições vantajosas para os sacerdotes, mostrando assim desde aquela época a mercantilização do sagrado.

 

 

 

 

 

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