O REINO DE DEUS ALFÂNDEGA
SERGIO A. RIBEIRO “Schelling”
“Ide e fazeis discípulos...”. Compreende-se a analise exegética e teológica do referido texto; que o Reino de Deus trata-se de um Reino sem fronteiras. Não há limites ou fronteiras geográficas para o Reino de Deus; uma vez que sua ênfase é de espancionalidade; pois o mesmo é algo dinâmico. Paulo na carta aos Filipenses enfatiza que Deus separou para si profetas, pastores, evangelista, mestres e doutores para a única finalidade; a edificação da sua igreja e a expansão do Reino. Em análise lógica fica evidente que a expansão do Reino de Deus é resultado da ação dos vocacionados por Cristo aos respectivos ministérios dado a cada um por intermédio do Parakleto. Diante da referida preposição; a dinâmica do Reino de Deus é resultado da dinâmica dos vocacionados para o ministério. Logo evidência que o fracasso do Reino de Deus é conseqüência lógica dos seus vocacionados. Inúmeros são os conceitos negativos que dificultam a o avanço do Reino. Um dos erros excessivo é a limitação do reino; por grande parte; que levam o Reino de Deus para alfândega, colocando limites literalmente geográficos.
O Reino de Deus na alfândega é literalmente o resultado negativo da inversão de valores; criados na mente dos pseudo-s cognominados vocacionados; que tem como progenitor a falta de uma teologia bíblica que desemboque em uma Igreja Bíblica, teológica, contextual e cristocentrica. Neste caso a igreja como prédio, como templo, localizada dentro de certo espaço geográfico e físico, torna-se através dos pseudo- vocacionados um dos maiores limitadores do avanço e da intencionalidade do Reino de Deus. Uma boa parte dos pseudo-s vocacionados, acreditam piamente que só poderão exercer o exercício de sua vocação e realizar os seus devidos ministérios que receberam pela graça de Deus apenas; dentro de quatro paredes estruturais de um Templo. O templo neste caso literalmente se torna um gueto de vocacionados e pseudo-s vocacionados; que não desenvolveram a faculdade de cognição e percepção de que o templo-edifício não é em si o Reino de Deus; e que a igreja invisível é a representante do Reino de Deus; e que o mesmo não pode ficar limitado aos pequenos espaços de quatro paredes estruturais chamadas de Templo-edifício.
A concentração dos cognominados vocacionados acreditando que só poderão exercer o ministério apenas dentro das estruturas de um templo-prédio eclesiástico, contribui significativamente para um congestionamento e aglomeração dos cognominados vocacionados; que lamentavelmente logo irão começar a se degladiar-se uns os outros; principalmente quando se sente ameaçados. A articulação irá surgir; e entrará em cena o jogo do poder; e as guerras ideológicas denominados de guerras frias. Diante de tal aglomerado de cognominados vocacionados em um mesmo espaço; cada uma desejará garantir sua subsistência ministerial. Desta forma o darwinismo eclesiástico se afora na interioridade dos assim cognominados vocacionados; personificando-se e materializando-se em atitudes visíveis e concretas geralmente anti-crtistã.
Mesmo muitos vocacionados pela graça de Deus; acreditam que só poderão exercer seu ministério; apenas dentro das estruturas de um templo-edifício. Para muitos; o estar dentro de um templo-edificio, fazer parte de um grupo, de um departamento, ou estar atrás de uma simples mesa; ou sobre uma tribuna diante de um pedestal; é a única forma em que os mesmos acreditam ser possíveis para realizar a sua vocação. Assim; fazem do templo-edificio um espaço geográfico e físico; o único lugar das manifestações teofânicas do Reino de Deus; e conseqüentemente de forma lamentável limitam o Reino de Deus levando o assim para a alfândega. Para alguns a tribuna é o inicio e o fim do seu ministério; esquecendo-se que o a tribuna é apenas pequena parte da vocação; e não único foco. O vocacionado digno de aplauso; não é aquele que faz da tribuna; do seu grupo; do seu departamento; de seu escritório; de sua mesa, a sua única forma e exercer sua vocação; mas é aquele que entende que o desenrolar e a seqüência do ministério do Reino de Deus estão literalmente além das portas de um templo-edificio.
O ministério messiânico de Cristo tinha como característica a ação centrifuga. O qual determinantemente foi executado por Jesus de (fora-externo) para (dentro-centro). Jesus inicia seu ministério messiânico na Galiléia (fora ) em direção ao centro de “Jerusalém - templo”; (dentro). Jesus não teve por pretensão ficar em Jerusalém; uma vez que Jerusalém era a capital espiritual de Israel. Acaso Jesus centraliza se seu ministério no (centro) com certeza Jerusalém não suportaria a contingência de indivíduos que subiriam a Jerusalém. Mas contrariamente Jesus percorre todo o Israel de cidade em cidade (Lc: 8-1). Em visão holística e analise expressiva; o cristianismo atual; apresenta uma carência da teologia da descentralização; para tirar o Reino de Deus da alfândega. Um dos caminhos que pode ver como solução, é propor uma eclesiologia de expansão agressiva do Reino de Deus. Não se trata de forma alguma, de demérito sobre a importância da igreja visível que é representada principalmente pelas estruturas dos templos; edifícios; instituições e órgãos localizados em um espaço físico e geográfico. Mas sim em compreender ainda mais que o Reino de Deus não se restringe apenas isso. O Reino de Deus deve estar em expansão continua. Para isso é necessário a descentralização principalmente do púlpito para além das portas do (templo-edificio). É necessário que os vocacionados ao fazer uso do púlpito interno (templo-edifício) tenham suas palavras legitimadas pelo uso do grande púlpito externo que é o mundo; a sociedades a periferias, as praças; as ruas da cidade etc. Para que o Reino de Deus tenha passe livre pela alfândega e alcance o seu verdadeiro propósito.